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América Latina: quintal do imperialismo

As eleições no México representam um caso à parte no que vem acontecendo com a América Latina. Enquanto Obrador ganhou de maneira acachapante as eleições, o que vem ocorrendo no restante do continente é o fortalecimento da política neoliberal.

No Brasil, desde o golpe de 2016, Michel Temer vem aplicando uma série de medidas que partem da premissa de entrega das riquezas naturais, projeto privatista para as empresas públicas e ataques à classe trabalhadora. A Argentina, de Maurício Macri, bateu no fundo do poço do entreguismo. Em junho, o País concluiu o acordo de um financiamento de US$ 50 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso é a aplicação prática da política neoliberal, que nada mais faz do que tornar o país ainda mais dependente do capital internacional.

No Equador, o ex-presidente de frente popular, Rafael Correa, teve sua prisão preventiva decretada na primeira semana de julho por um suposto envolvimento no sequestro do ex-parlamentar, Fernando Balda, em 2012. Ao que parece, o modelo da Lava Jato brasileira, que prende as lideranças de centro-esquerda, está sendo exportado para outros países da América do Sul. Na Colômbia, a pressão imperialista elegeu o conservador Ivan Duque à presidência nas eleições de junho. A intenção é fazer da Colômbia um posto avançado de pressão à Venezuela.

Na Venezuela, por sua vez, Nicolás Maduro tem lidado com o embargo econômico do imperialismo. O interesse imperialista no país são as ricas reservas de petróleo, cujas descobertas na região conhecida como Bacia do Orinoco têm o potencial de transformar o país em detentor da maior reserva de petróleo do mundo.

Desta forma, devemos observar com atenção o desenrolar da política mexicana, que aparentemente caminha no sentido inverso do fortalecimento do neoliberalismo puro e simples na América Latina. Mais que isso, devemos ter a consciência, com base em nossa própria experiência histórica, que governos reformistas, que podem até gerar alguma melhoria para a classe trabalhadora, são temporários e só duram tempo suficiente para conter a insatisfação social. No menor sinal de crise, todos os “avanços” são retrocedidos em um piscar de olhos.

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