A LPS repudia a prisão de Guilherme Boulos, líder do MTST. A truculência da operação segue a mesma linha da invasão da Escola Florestan Fernandes, do MST, e dos ataques contra os movimentos sociais e de trabalhadores em geral. No dia 17 de janeiro de 2017, Boulos tentava negociar a retirada de 700 famílias, pela tropa de choque, que ocupavam um terreno em São Matheus, na periferia da cidade de São Paulo.
O verdadeiro objetivo dessa operação é avançar no sentido de atacar ainda mais os trabalhadores. Hoje Boulos, amanhã irão contra as demais organizações da esquerda.
O imperialismo impõe sugar até a última gota de sangue dos trabalhadores com o objetivo de manter os lucros do grande capital em crise, que não consegue mais extrair lucros da produção.
O Brasil se encontra na linha de frente da crise capitalista mundial. Os trabalhadores deverão entrar em movimento inevitavelmente no próximo período, em cima dos ataques. O próprio capital irá colocá-los em movimento. O Brasil deverá entrar num período pré-revolucionário, que tem como principal caraterística a ultrapassagem da burocracia.
O golpismo avança com a implosão do governo do PMDB e a imposição de um governo mais duro, com o PSDB como guarda-chuvas, sob a égide do Judiciário – guardião dos interesses da extrema direita. A Lei Antiterrorista e o Gabinete de Segurança Institucional formam parte dos pilares da recolocação dos mecanismos da Ditadura Militar que tinham sido deixados “dormentes”. De fato, a “democracia” brasileira não passa de um leve verniz, cada vez mais leve, que tenta encobrir uma brutal ditadura, cada vez mais feroz.
Contra o golpismo!
Contra a perseguição dos lutadores sociais!
Por um partido operário revolucionário!
Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo!
Direção Nacional da LPS (Luta Popular e Sindical), Belo Horizonte, 17 de janeiro de 2017.