• Entrar
logo

Trump e o imperialismo

Donald Trump, líder bonapartista dos Estados Unidos, tem levado adiante uma série de medidas que ampliarão a exploração do mundo pelos imperialistas estadunidenses. Isso sem falar nas medidas protetivas à produção nacional do seu país, que estão gerando uma guerra comercial contra a China, e a aplicação das duras medidas contra a gigantesca população imigrante que tenta a sorte nos EUA.

No primeiro caso, de tentar aumentar a já grande ingerência estadunidense no mundo, Trump recentemente ordenou um ataque aéreo à Síria, além de tomar iniciativas diplomáticas a favor de Israel, que culminaram em mais uma onda de homicídios à civis palestinos. O objetivo é claro: criar mecanismos para permanecer e aumentar a intervenção estadunidense na região do Oriente Médio, muito rica em petróleo.

No sentido de garantir que as ameaças ao poderio estadunidense diminuam, a cúpula do governo organizou um encontro entre Trump e o atual líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Um. Este encontro foi anunciado como um degelo nas tensas relações entre os dois países. Porém, o saldo final foi o mandatário estadunidense renovando as sanções contra a Coreia do Norte. No último dia 22 de junho, em um comunicado da Casa Branca, o governo afirmou que: “As ações e políticas do governo da Coreia do Norte, incluindo sua busca por programas nucleares e de mísseis; e outras ações e políticas provocativas, desestabilizadoras e repressivas [...] continuam a constituir uma ameaça incomum e extraordinária para os Estados Unidos”. Ou seja, a reunião entre os dois líderes, que deveria diminuir as tensões, não teve nenhum resultado prático.

Outro grande inimigo estadunidense, a China, está sendo combatida em uma verdadeira guerra comercial. O objetivo é diminuir o déficit comercial, já que os Estados Unidos gastam muito mais dinheiro comprando produtos chineses do que vendendo para a China. Não é uma surpresa que essas medidas protecionistas estejam sendo levadas adiante, uma vez que a dívida pública interna dos EUA alcança a casa dos US$ 21 trilhões.



Trump enjaula crianças



As medidas elencadas acima dizem respeito a tentativa estadunidense de fortalecer seu controle comercial e militar no resto do mundo. Fazem referência a uma das plataformas eleitorais de Trump, simbolizadas na frase “Make America Great Again” (“Fazer a América Grande de novo”), principal palavra de ordem de sua campanha.

A outra plataforma eleitoral foi o discurso de ódio contra imigrantes. Dada a gigantesca convulsão pela qual os EUA passam, o número de desempregados cresceu. Em sua campanha, Trump, em lugar de desnudar a crise, atribuiu isso ao grande número de imigrantes, principalmente mexicanos, que mudam para os EUA para fugir da conjuntura em seus próprios países, crise essa potencializada pela exploração capitalista. Assim, ao ser eleito, Trump endureceu as leis contra a imigração.
Porém, a opressão aos imigrantes atingiu o auge na última semana, quando foi revelado que centenas de crianças (imigrantes e refugiadas) que tentaram entrar nos Estados Unidos estão sendo mantidas presas em gaiolas dentro de um armazém no sul do estado Texas, enquanto esperam pelos seus pais. Elas ficam em meio ao lixo do que consomem, como garrafas d’água e sacos de batata frita, apenas com jornais que servem como cobertores.

Essa prática cruel e desumana é reflexo da política de Trump, que trata os imigrantes e também seus filhos como se fossem animais prontos para o abate. Os números oficiais mostram que mais de 38 mil pessoas foram presas nos Estados Unidos apenas por serem estrangeiros e que mais de um milhão podem ser deportadas no próximo período. Com relação as crianças aprisionadas, é grande o risco de nunca mais encontrarem seus pais.

Essas práticas mostram que, no capitalismo, a única coisa que interessa é a manutenção do lucro das poucas famílias que controlam o mundo. Seja bombardeando um país, como ocorreu na Síria; seja incentivando a matança de civis como no confronto entre Israel e Palestina; seja jogando o planeta em mais uma guerra de grandes proporções, cenário que se desenhar com os conflitos contra a Coreia do Norte e China, ou mesmo enjaulando pessoas como está ocorrendo no próprio Estados Unidos, o que fica claro em todos esses casos é que não há nenhum cuidado com o proletário dentro deste sistema podre, muito pelo contrário. Apenas a completa quebra deste sistema e a sua substituição por algo mais evoluído, em que a liberdade e a igualdade possam ser realmente alcançadas, pode dar a resposta necessária à classe trabalhadora

Notícias relacionandas


Topo