• Entrar
logo

Rede Globo: cinco décadas pautando o destino do Brasil

A propaganda da burguesia tenta nos convencer de que, supostamente, viveríamos num regime democrático, num sistema presidencialista com uma divisão tripartite de poderes, onde o cidadão tem vez, voz, liberdade de escolhas e de expressão.

Isso tudo não passa de um engano, de mera ilusão.

Uma fantasia muito bem planejada, disseminada e sustentada por um “quarto poder” oculto, travestido como uma grande corporação de comunicação, uma instituição que age pelas sombras, nas margens do sistema, mas que realmente governa o País. Para isso, utiliza-se da mais alta tecnologia de comunicação, manipulando de maneira escandalosa a opinião pública, ditando as regras sociais, éticas e morais, impondo os modelos econômicos e elegendo as representações políticas que mais lhes são convenientes e proveitosas.

O Grupo Globo de Comunicações, um dos maiores conglomerados da grande imprensa burguesa mundial é a “Eminência Parda” a serviço do imperialismo e do grande capital que atua nos porões da história do Brasil, há mais de cinquenta anos, e que tem como sua arma mais eficaz a Rede Globo de televisão.

Assistida por mais de 200 milhões de pessoas diariamente, a Rede Globo alcança 98,56% do território brasileiro, cobrindo 5.490 municípios e 99,55% do total da população brasileira. É uma das maiores produtoras de telenovelas do mundo. A emissora é a segunda maior rede de televisão comercial do planeta, atrás apenas da norte-americana ABC.


Da voz da Ditadura Militar à voz do imperialismo



A emissora, fundada pelo jornalista Roberto Marinho, começou a funcionar em 26 de abril de 1965 quando o General Castelo Branco aprovou sua concessão. Desde então, a empresa vem influenciando a sociedade brasileira, ditando comportamentos, mudando hábitos sociais e padrões culturais e direcionando a história do Brasil nos mais diversos e importantes aspectos, seja pelo seu confesso apoio à Ditadura Militar até sua influência e manipulação nas eleições municipais, estaduais e presidenciais.

Segundo o documentário televisivo britânico Beyond Citizen Kane (Muito Além do Cidadão Kane), de Simon Hartog, produzido em 1993, a Globo emprega a mesma manipulação grosseira e maquiavélica de notícias para influenciar a opinião pública como fez Charles Foster Kane, personagem criado em 1941, por Orson Welles, para o “Cidadão Kane”. O drama de ficção foi baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos Estados Unidos. Esse documentário, proibido de ser comercializado e transmitido no Brasil, detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo e criticando a influência do grupo, seu excessivo poder de manipulação e suas tendenciosas relações políticas.

As artimanhas usadas para garantir o poder envolvendo a Globo vão desde o apoio à Ditadura Militar nas décadas de 1960, 1970 e 1980 até a “parceria” vende pátria com o monopólio americano Time Warner (Time-Life na época); a manipulação política da família Marinho (que inclui o auxílio à tentativa de fraude nas eleições fluminenses de 1982 para impedir a vitória de Leonel Brizola); a cobertura manipuladora do movimento das “Diretas-Já” em 1984, quando a emissora noticiou um importante comício como sendo um evento do aniversário de São Paulo; a tergiversação do debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989, para o Jornal Nacional, favorecendo o seu garoto propaganda, Fernando Collor, frente a Luiz Inácio Lula da Silva; o golpe parlamentar que levou ao impeachment da presidenta Dilma; o apoio às reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo golpista e a truculência sem limites da Operação Lava-Jato, além de uma controversa negociação envolvendo ações da NEC Corporation e contratos governamentais, além de um imenso histórico de sonegação de impostos.


Muito mais que telenovelas



Muito além das telenovelas, do Caldeirão do Huck, do Domingão do Faustão, do Jornal Nacional, do Fantástico, do Sport TV, do Big Brother, da Globo News e de tantos outros lixos eletrônicos globais que invadem a casa dos brasileiros, diuturnamente, sem sequer pedir licença, está a inescrupulosa e frequente manipulação de dados, de informações econômicas, sociais e políticas. Está a criação de mitos culturalmente questionáveis, a veiculação de notícias frívolas e o incentivo a alienação humana; tudo isso com um único objetivo: enganar a audiência em relação à real situação do País e do mundo, buscando favorecer o grande capital e atender aos interesses do imperialismo, o grande e verdadeiro financiador desse perverso e poderoso monopólio de Comunicação que trata uma concessão pública como se fosse uma capitania hereditária.

A Rede Globo é uma grande inimiga da classe trabalhadora, um dos mecanismos de controle fundamentais de dominação do grande capital. A LPS (Luta Pelo Socialismo) levanta a bandeira do fim das concessões públicas a serviço de um punhado de parasitas; pela divisão dos tempos da imprensa televisiva e eletrônica entre os vários setores da sociedade, como, por exemplo, universidades, sindicatos e movimentos sociais.


Topo