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O viés da Meta: por que a direita viraliza e a esquerda é censurada?

O recente "apagão" das redes sociais do historiador e youtuber, Jones Manoel, é um alerta grave, que mostra a farsa da democracia burguesa. Suas contas no Instagram e Facebook foram derrubadas sem aviso, e sem qualquer justificativa, em uma ação arbitrária que só foi revertida após forte pressão e solidariedade. Segundo Jones, "Não tenho como afirmar de maneira categórica a razão do banimento das minhas redes sociais, mas, dada a minha militância política, enquanto um comunicador de esquerda (...) A gente suspeita de motivações políticas, especialmente considerando a minha posição de criticar duramente o governo de Donald Trump e o papel das 'big techs' na política brasileira" (portal de notícias G1). 

O caso ganha contornos ainda mais preocupantes quando comparado a outro episódio. Enquanto, recentemente, Jones Manoel, um militante que se declara comunista e educador popular, tem sua voz silenciada, meses atrás, a Meta permitiu que um vídeo do deputado de extrema-direita, Nikolas Ferreira, com falsas insinuações sobre uma possível taxação do pix (em evidente intenção de “queimar” o governo), viralizasse, alcançando mais de 300 milhões de visualizações — um número que supera a população do Brasil.

Essa disparidade de tratamento não pode ser ignorada. Ela evidencia um viés claro e perigoso da Meta no controle dos algoritmos das redes, que interfere diretamente na política interna do nosso País. A Empresa, que controla o Facebook, Whatsap e Instagran, atua como um árbitro da liberdade de expressão, privilegiando uma ideologia enquanto sufoca outra, tudo sob o manto de uma falsa neutralidade.

A luta contra essa arbitrariedade se junta à luta por soberania digital. O Brasil não pode continuar refém de empresas estrangeiras que não apenas capturam nossos dados, mas também controlam o que podemos ou não dizer.

Nesse contexto, nos solidarizamos com Jones Manoel e com todos aqueles que lutam contra o poder arbitrário e monopolista das big techs, a exemplo da Meta. É urgente pensarmos em uma estratégia soberana para lidar com a inevitável expansão das big techs e seus profundos impactos. Trata-se de uma batalha essencial contra o poder econômico da burguesia que domina todas as áreas da nossa vida, incluindo a internet.

 

 

Imagem: Shutterstock


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