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Manifestações israelenses contra Netanyahu: a prova das contradições internas do País

No último dia 30/03, milhares de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades de Israel para protestar contra o presidente Benjamin Netanyahu. Dentre as reivindicações estavam o pedido de novas eleições e a negociação para libertação dos reféns. A resposta do, do governo foi a repressão dos manifestantes com canhões de água. Ao menos 16 pessoas foram presas.

As manifestações aconteceram em Jerusalém, Tel Aviv, Haifa, Be'er Sheva, Cesaréia, entre outras cidades. Na capital, Tel Aviv, a concentração se deu em torno do parlamento do País, sendo considerada a maior manifestação desde o início da guerra contra os palestinos. Segundo o jornal Brasil de Fato, os manifestantes pediam o fim da matança: “chega de desespero, os reféns são a coisa mais importante”.

Netanyahu lidera um governo de extrema-direita e tem promovido um genocídio aberto contra o povo palestino há seis meses. Desde então, as Forças de Defesa de Israel invadiram a Faixa de Gaza e têm bombardeado o local constantemente, fazendo com que praticamente toda a população de dois milhões de habitantes da região se deslocasse para o sul. Cerca de 32 mil palestinos foram mortos, sendo a maioria mulheres e crianças. Os dados oficiais falam de mais de oito mil desaparecidos e 75 mil feridos. Nesta operação, Israel perdeu cerca de 600 soldados, o que explicita a gritante diferença entre as forças.

foto: Reuters

No último dia 25 de março, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, pela primeira vez, um pedido de cessar-fogo imediato em Gaza. A aprovação ocorreu após os Estados Unidos resolverem se abster da votação. A ONU também critica Israel por dificultar a entrada de comida e ajuda humanitária em Gaza, onde a fome é considerada generalizada. O pedido, no entanto, foi ignorado por Netanyahu.

Simultaneamente à guerra, colonos israelenses aumentaram os ataques na Cisjordânia, tomando casas, matando pelo menos 500 pessoas e prendendo mais de mil palestinos. A região, que é governada pela Autoridade Nacional Palestina, tem boa parte do seu território ocupado por colonos sionistas.

A luta do povo Israelense contra o governo de Netanyahu antecede a guerra e é uma prova das contradições internas do País. Netanyahu está cometendo um verdadeiro genocídio contra os palestinos, e mesmo a própria população israelense se mostra contra a guerra, que carrega interesses antipopulares. Não há dúvidas de que esta não é uma guerra comum: trata-se de um genocídio, mais um episódio de limpeza étnica produzida pelo capitalismo, que merece todo repúdio da classe trabalhadora mundial.

A luta do povo Israelense contra o governo de Netanyahu antecede a guerra e é uma prova das contradições internas do País. Netanyahu está cometendo um verdadeiro genocídio contra os palestinos, e mesmo a própria população israelense se mostra contra a guerra, que carrega interesses antipopulares. Não há dúvidas de que esta não é uma guerra comum: trata-se de um genocídio, mais um episódio de limpeza ética produzida pelo capitalismo, que merece todo repúdio da classe trabalhadora mundial. A questão é que até a imprensa corporativa internacional, defensora do sionismo, reconhece o isolamento de Israel e a força da resistência palestina, que ameaça, talvez definitivamente, o futuro da ocupação sionista no território. O impacto social e econômico sobre a população israelense é também determinante para os rumos do conflito.

 

foto: Reuters
 


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