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Brasil tem a menor taxa de desemprego desde 2015

Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), os brasileiros voltam a ocupar postos de trabalho. A quantidade de empregos no primeiro semestre de 2023 aumentou, comparada ao mesmo período do ano passado. O Brasil teve um saldo positivo de 1,6 milhão de empregos formais criados, um número positivo em 25 das 27 Unidades da Federação, e recuperou 43.467.965 postos com carteira assinada nos nove primeiros meses do governo Lula. Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada no dia 31 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro atingiu 7,7%,  registrando o seu nível mais baixo desde 2014, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, quando se situou em 6,9%. 

Dados divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, apontam que o setor de Serviço foi o que registrou o maior aumento no emprego, com um saldo de 76.420 postos ocupados. Nesse setor, as categorias que tiveram maior destaque foram o ramo de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. A agropecuária ficou em segundo lugar com 27 mil empregos gerados, devido principalmente ao aumento do cultivo de laranja em São Paulo. A construção civil veio em seguida, gerando quase 21 mil postos, e a quarta posição é ocupada pelo comércio com 20 mil postos.. Nos últimos 12 meses os setores que mais cresceram foram o comércio (376,2 mil), os serviços administrativos (264,5 mil), a indústria de transformação (204,9 mil) e a construção civil (191,6 mil).

O número de empregados com registro formal no setor privado, estimado em 37,361 milhões, aumentou 1,6% no trimestre (acréscimo de 587 mil pessoas) e 3% em relação ao ano anterior (um aumento de 1,1 milhão). Essa quantidade é a mais alta desde janeiro de 2015. No caso dos trabalhadores sem registro formal, o total é de 13,263 milhões, permanecendo estável nas duas comparações. Além disso, o número de trabalhadores autônomos é de 25,480 milhões, mantendo-se constante, assim como os trabalhadores no setor doméstico, que somam 5,814 milhões e também não apresentam variações significativas.

O total de pessoas com carteira assinada cresceu em 929 mil em apenas um trimestre. A população desempregada foi de 8,3 milhões, sendo o menor patamar desde maio de 2015. Entre julho e setembro, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) alcançou o recorde de 99,8 milhões de pessoas, o maior contingente de toda a série histórica da pesquisa iniciada em 2012, representando uma alta de 0,9% em relação ao período entre abril e junho. 

A PNAD também revelou que até o final de 2022, havia 1,5 milhão de trabalhadores de aplicativos no Brasil, além de 600 mil que atuavam em plataformas de comércio eletrônico, totalizando 2,1 milhões de trabalhadores brasileiros em plataformas digitais. A pesquisa evidenciou o desafio posto ao novo mundo do trabalho. Em média, quem trabalha com aplicativos têm jornadas mais longas, chegando a 46 horas semanais, enquanto a média do do setor privado é de 39,6 horas. Além disso, o segmento de apps tem apenas 35,7% das pessoas contribuindo para a previdência, contra 60,8% do setor privado. A informalidade domina o setor, sendo que 77,1% dos entrevistados afirmaram trabalhar por conta própria, enquanto apenas 5,9% possuíam um emprego com carteira assinada.

A ausência de seguridade social e direitos para os trabalhadores de aplicativos, aliada à flexibilização dos direitos trabalhistas, como consequência da Reforma Trabalhista de Bolsonaro, que prejudica a todos, são desafios a serem enfrentados pelas organizações de luta dos trabalhadores. 
 


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