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Superfungo: ameaça à saúde pública

Desde dezembro de 2021, o estado de Pernambuco vem sofrendo com surtos de infecção por Candida auris, conhecido popularmente como "superfungo". No final do último mês de maio a Secretaria de Saúde de Pernambuco confirmou mais três casos dessa infecção. Para lidar e monitorar a situação, o governo de Pernambuco criou um comitê de emergências. Desde o início das ocorrências,  somente o Hospital da Restauração, em Recife, registrou  47 casos de superfungo.
O Cândida auris é um fungo que representa uma das principais ameaças à saúde global por resistir aos principais medicamentos antifúngicos, além da sua capacidade de adaptação a ambientes diferentes dos demais fungos. As infecções por ele têm surgido pelo mundo todo com alta mortalidade,  sendo que o primeiro caso ocorreu em 2009, no Japão. Desde então, há relatos de casos por todos os continentes, exceto na Antártica.
Na última quinta-feira, 7 de junho, foi confirmado o 1º caso de contaminação em São Paulo, o que causou  alerta para o mundo. Desde 2017, o Brasil possui um protocolo para orientar  os serviços de saúde na prevenção e controle da disseminação deste fungo nos hospitais, clínicas, laboratórios e outros. O fato da infecção aparecer em outro estado gera preocupação.  De acordo nota técnica da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o “Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global, pois pode causar infecções invasivas, que são associadas à alta mortalidade, pode ser multirressistente e levar à ocorrência de surtos nos serviços de saúde”.
Entre 2020 e 2022 tivemos a experiência de viver uma pandemia. Neste período, ficou evidente a importância da existência de um sistema de saúde público no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS), que mesmo combalido pelas tentativas de precarização e privatização por parte do governo Bolsonaro, foi de ímpar importância para diminuir os nefastos efeitos de uma calamidade sanitária.  O SUS foi criado e pensado para atender a todos os cidadãos, independente da classe, cor, raça ou etnia, pois o mesmo não visa o lucro e sim a universalidade no atendimento à saúde da população. Nossa experiência histórica durante a pandemia de Covid-19 mostra que é necessário e fundamental lutar e defender o SUS, para que o capitalismo não destrua mais uma instituição que garante a vida da classe trabalhadora. Essa luta árdua deve ser contra a ideia de precarizar, privatizar e lucrar com serviços que são básicos para o bem estar do povo, tirando da maioria o direito a se proteger e se cuidar. Salvar vidas vale muito mais que o dinheiro.

Foto: Labchecap notícias


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