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As ruas começam a ser tomadas em defesa do Estado Democrático de Direito e pelo Fora Bolsonaro

As ameaças de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e ao Estado Democrático de Direito reacenderam um alerta à toda sociedade brasileira sobre os riscos de rompimento do regime. As ameaças que vêm sendo reafirmadas ao longo do governo se tornaram mais veementes após o cenário eleitoral indicar a perspectiva de derrota do atual presidente nas urnas. 

Criticar o sistema eleitoral e todas as instituições burguesas que o ajudaram a chegar e a permanecer no poder é a tática desesperada de Bolsonaro para criar uma instabilidade política que possa justificar um golpe dentro do golpe. 

Para fazer o enfrentamento a essa ameaça golpista, vários setores organizados da sociedade civil têm se mobilizado para defender as eleições livres.  A “Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direitos”, elaborada por professores da Faculdade de Direito da USP e assinada por mais de 800 mil cidadãos, foi lida neste dia 11 de agosto em  lugares diferentes de todo o Brasil, no mesmo horário, para demarcar uma unidade na defesa da soberania popular. No mesmo dia, em horários diferentes, as ruas das maiores cidades do País foram palco de manifestações em defesa da democracia e das eleições, em que as palavras de ordem reforçaram o Fora Bolsonaro e o apoio à eleição do ex-presidente Lula. Além disso, em Brasília, as professoras e professores entregaram uma carta ao Ministro do TSE, em que reafirmavam a importância da efetivação dos resultados das urnas.

As ruas são, e sempre foram, um dos principais instrumentos de luta da classe trabalhadora, palco das grandes transformações sociais. É por isso que precisamos toma-las em defesa da nossa soberana, nossos direitos e, fundamentalmente, nossa existência, pois o que está colocado pelas oligarquias que hoje se encontram no poder é a política de morte. Neste momento, é preciso defender e participar ativamente das eleições burguesas, compreendendo, no entanto, que elas não são “solução mágica” para as mazelas que atingem a classe trabalhadora, pois são totalmente controladas pelo poder econômico. Neste sentido, elas devem ser entendidas como um trampolim para uma luta mais ampla, buscando criar poder popular. 

Não podemos ter ilusões: para que Lula possa governar em favor do povo será preciso que os trabalhadores mostrem sua força e capacidade de organização nas ruas. Dia 11 foi só o começo.
 


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