• Entrar
logo

Teletrabalho: armadilhas para o Ensino Superior

A pandemia abriu caminhos para o avanço do uso de plataformas digitais privadas no trabalho remoto emergencial. Nas Instituições de Ensino Superior, o objetivo é implantar o Programa de Gestão de Pessoal e Desempenho para atividades técnicas administrativas por meio de teletrabalho. 

Além de transferir custos e responsabilidades do empregador para o trabalhador e não permitir a separação física do espaço da vida familiar com o do trabalho, o teletrabalho, ao desmontar os espaços coletivos, aumenta a individualização e a desarticulação entre as categorias. Aumenta também o controle consolidado nos processos de avaliação por desempenho e produtividade. 

A tendência é a de que o modelo seja replicado para as atividades de ensino, já que os grandes conglomerados privados, que fornecem serviços de plataformas virtuais para o ensino remoto, estão ávidos para abocanharem verbas públicas da Educação. 

O projeto prevê que o ensino à distância, EAD, avance no Ensino Superior público, como já acontece no privado. Isso explica a atual política de fechamento e sucateamento de escolas e universidades públicas, junto à implementação de políticas de transferência do papel da educação das crianças e dos jovens para as famílias, com a “homescholing”, ou para empresas privadas, por meio da “voucherização”. 

Junto à destruição da Educação Pública, da função docente e da formação de sujeitos sociais coletivos, o governo avança no controle ideológico da Educação, a fim de favorecer a privatização. Somente a organização e a luta coletiva serão capazes de deter o projeto de destruição da Educação Pública Brasileira. 


Topo