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Alta da inflação corrói salários e vidas

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou a maior variação para o mês desde 2015. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último dia 11, a alta acumulada foi de 10,54% em 12 meses.

As maiores altas estiveram entre alimentos, educação, aluguel e energia. De acordo com os dados do IBGE, o maior impacto e a maior variação vieram de educação. E os trabalhadores podem esperar por altas ainda maiores em março, já que os reajustes nos preços dos combustíveis, anunciados pela Petrobras no último dia 10, vão impactar a todos. Além dos aumentos de 18,8% na gasolina e 16% no gás de cozinha, o reajuste absurdo de 24,93% no diesel, será repassado, inevitavelmente, ao preço dos alimentos. Tudo isso é resultado da Política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pelo governo Michel Temer, em outubro de 2016, e mantida por Bolsonaro, que faz com que os preços internos dos combustíveis sejam reajustados com base nas cotações internacionais do petróleo, variação cambial e custos de importação de derivados. Ou seja, os brasileiros pagam em dólar pelo petróleo e derivados que produzem, para favorecer os acionistas estrangeiros. 

Com salários a cada dia mais arrochados e com os direitos trabalhistas destruídos, a classe trabalhadora empobrece diante da inflação galopante que retira o básico das famílias para sua sobrevivência. Aos trabalhadores, resta a luta contra a carestia e pelo fim do PPI e das políticas de privatização das unidades da Petrobras. 

Foto: ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)


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