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Atos Fora Bolsonaro levam para as ruas a luta contra as privatizações

No dia em que o país atingiu a marca de meio milhão de mortos pela Covid-19, a população tomou as ruas de mais de 400 cidades do País para protestar contra o governo Bolsonaro. No sábado, 19, milhares de brasileiros responsabilizaram o presidente pelas mortes, pela fome, pelo desemprego, pela falta de vacinas para todos.

O protesto anterior, de 29 de maio, teve característica mais espontânea e presença majoritária da juventude não organizada. Desta vez, as organizações dos trabalhadores, em especial a CUT e seus sindicatos, o MST e os partidos de esquerda deram a cor de luta de classes aos atos, exigindo o auxílio emergencial de R$ 600, vacina, emprego, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e denunciando as privatizações, os cortes na Educação e a Reforma Administrativa.

O projeto neoliberal da direita foi posto em xeque pelo povo nas ruas, dois dias após o Senado ter aprovado a Medida Provisória  1.031/2021, que permite a privatização da Eletrobras. A MP precisa da aprovação final do Congresso até o dia 22, quando perde a validade. Ela compromete a soberania nacional, ao tirar do controle do Estado a empresa que é a maior produtora e distribuidora de energia do país. Os termos do projeto criam “oligopólios setoriais” que vão reduzir a concorrência e encarecer as tarifas de luz para a população. 

O ataque à Eletrobras levou os trabalhadores dos Correios a fortalecerem sua luta contra a privatização da estatal, também na mira dos privatistas. Em todos os atos do país, houve palavras de ordem em defesa das estatais.

Bolsonaro se mantém no poder com apoio dos militares e da grande burguesia que o pressiona a acelerar as medidas de desmonte do Estado brasileiro. Com a população mostrando sua revolta nas ruas, o cenário eleitoral de 2022 tende a se modificar e obrigará a direita a buscar caminhos para evitar a polarização Bolsonaro vs Lula. Por isso mesmo, os trabalhadores não podem esperar por 2022 enquanto pagam pela crise criada pela burguesia, para a qual Bolsonaro governa. 
    
É urgente organizar a luta contra o conjunto das políticas neoliberais que destrói os empregos e a renda do povo. O próximo passo deve ser ganhar as ruas com mobilizações organizadas pelos partidos de esquerda e pelas entidades de luta dos trabalhadores, seus sindicatos e Centrais, com greves e paralisação da produção. É preciso convocar assembleias de trabalhadores e fazer ampla agitação para organizar a Greve Geral.
 


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