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Caso Ágatha: PMs invadem hospital e tenta pegar bala que matou a criança

Um dia após o assassinato da menina Ágatha, executada com um tiro nas costas por Policiais Militares, no complexo do Alemão, Rio de Janeiro, o hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio, onde a menina havia sido internada, foi invadido por pelo menos dez policiais. O objetivo da operação era tentar capturar o projétil que tirou a vida da Ágatha.

De acordo com as testemunhas, algo em torno de 10 a 20 policiais participaram da ação, pressionado a equipe médica para que entregasse a bala. Os profissionais da saúde se negaram a acatar as ordens. O projétil foi encaminhado, posteriormente, à perícia pela Polícia Civil, responsável pelas investigações. A Delegacia de Homicídios, que apura o caso Ágatha, está tentando convencer integrantes da equipe médica a prestarem depoimento sobre a invasão, porém, os profissionais que relataram o fato temem represálias. Os policiais civis também não conseguiram as filmagens mostrando a invasão dos militares ao hospital.

A ação dos policiais militares não deixa dúvidas quanto a autoria do assassinato da menina: os disparos vieram dos próprios agentes e não havia conflito no local, conforme testemunhado e denunciado pelos moradores locais. O aparelho repressor do Estado burguês, criado para oprimir e exterminar a classe trabalhadora, tenta agora “apagar” os rastros de sua covardia contra a população preta e periférica. As armas utilizadas são as únicas que conhece: opressão, coerção e massacre.


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