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Não à política de contenção da greve. ampliar a mobilização já!

Confira aqui a nota do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais - SINTECT-MG e do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Estado da Paraíba - SINTECT-PB sobre a mobilização dos trabalhadores para a greve, marcada para o próximo dia 03 de setembro:

Na última terça-feira, dia 27 de agosto, o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), como já esperado, chamou os representantes da FENTECT para uma reunião informal, se comprometendo a encaminhar à direção da ECT a prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho por mais 30 dias, desde que não haja greve da categoria. Tanto a representação sindical quanto a patronal terão até o dia 30 deste mês para dizer se acatam ou não a orientação do TST. Tal medida não foi nenhuma novidade (está é a segunda vez que ocorre) e tem o objetivo claro: desmobilizar a greve nacional dos trabalhadores dos Correios, marcada para ter início no próximo dia 03 de setembro, conforme deliberação do 23º Conselho de Sindicatos (CONSIN) da FENTECT, um órgão deliberativo da Federação.

Nós, dos Sindicatos de Minas Gerais (SINTECT-MG) e Paraíba (SINTECT-PB), somos CONTRÁRIOS a esta decisão tomada pela reunião do Comando de Negociação da FENTECT, da qual fomos voto vencido, de acatar a proposta do ministro. Compreendemos que este é um erro político e tático, uma capitulação das direções. Alertarmos que esta política de contenção da greve, ao invés de organizar a luta em defesa do emprego, direitos, condições de trabalho e por um Correio público, estatal e de qualidade, sairá muito cara não só para os trabalhadores da ECT, mas para a população como um todo.
 

Adiar a greve é dar tempo para que a direção da Empresa e o governo se articulem para fazer a entrega da ECT para o capital nacional e internacional de forma mais organizada, retirando direitos e demitindo trabalhadores. Esta política de contenção, de medo, que está sendo levada adiante pelas direções, acaba por apoiar a política de desmonte da própria Empresa. As direções estão desmobilizando a base e cada vez que prorroga a greve, desmotiva o que já estava mobilizado, justamente pela falta de continuidade da mobilização, desacreditando o movimento.
 

Como sabemos, o TST é um órgão do governo e está cumprindo com o seu papel de tentar adiar a greve, ou mesmo inviabiliza-la, pois tem a compreensão que mesmo uma greve pequena, porém nacional, levada a cabo pelos trabalhadores dos Correios, colocaria pressão sobre o governo e incentivaria a mobilização de outras categorias a defenderem suas datas-bases. Aceitar isto é desmobilizar os trabalhadores, dando condições à direção da Empresa de preparar a venda da ECT, deixando os trabalhadores sem Acordo Coletivo e sujeitos a demissão sem nenhuma luta.
 

Diante deste cenário, teremos que continuar a mobilização para garantir que a categoria, nacionalmente, saia em greve na defesa do seu Acordo Coletivo, dos seus direitos, condições de trabalho e contra a privatização dos Correios.


Robson Gomes Silva – Presidente do SINTECT-MG/Membro da diretoria executiva da FENTECT e membro do Comando Nacional de Negociação e Mobilização da FENTECT

Tony Sérgio Rodrigues Cavalcanti – Secretário Geral do SNTECT-PB

Luiz Alfredo Rocha – Diretoria do SINTECT-MG/ Membro do Comando Nacional de Negociação e Mobilização da FENTECT

Rafael Paiva Ferreira – Diretoria do SINTECT-PB/ Membro do Comando Nacional de Negociação e Mobilização da FENTECT

Fonte: SINTECT-MG


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