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Em 2019 Brasil tem novos 1.388 casos de sarampo

De janeiro de 2019 até hoje, o Brasil registrou 1.388 casos confirmados de sarampo, sendo que 1.322 deles ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Paraná. Esses dados do Ministério da Saúde foram divulgados nesta quarta-feira (14).  O Sarampo é uma doença extremamente contagiosa, sua transmissão pode ocorrer por meio de fala, tosse ou espirro. O quadro de infecção pode ser grave no caso de pessoas com sistema imunológico debilitado e a doença pode matar ou deixar graves sequelas.

Mesmo com todas essas informações e dados, o Governo continua negando que a epidemia de sarampo está voltando. Apesar dos dados explícitos, o Governo não quer ceder mais verbas para a produção em massa da vacina Tríplice Viral, para ser distribuída para toda a população, e não para um grupo selecionado por faixa etária de idade. O argumento utilizado para a liberação da vacina somente para pessoas entre 20 e 29 anos, foi o de que a infecção está atingindo mais está faixa etária, e de que não há verbas para a produção das vacinas.

Sabemos do plano do Governo Federal, capitaneado pelo Ministro da Economia Paulo Guedes, de privatizar todos os serviços públicos possíveis. O Sistema de Saúde não constitui uma exceção e o processo de privatização, que já estava em andamento, será acelerado. Sob a desculpa de que a economia do país está ruim e que é preciso “apertar o cinto”, o governo alega que os cortes estão sendo feitos no que é não essencial. Porém, algo básico como a distribuição de vacina para evitar o surto de uma doença extremamente perigosa, não está sendo realizado.

No Brasil, não havia registro de casos autóctones (adquiridos dentro do país) de sarampo desde o ano 2000. A doença foi considerada erradicada desde 2016, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o país estava havia um ano sem registro de casos do vírus. Hoje, com uma epidemia acontecendo, sem a prevenção necessária, que é a vacinação, é certo que o surto poderá se alastrar e causar mais mortes.

Organizações de Saúde alertam que doenças que estavam controladas graças à vacinação em massa, como Sarampo, Poliomielite e Rubéola congênita, ameaçam causar sérios danos à população caso a imunização seja negligenciada.  

É necessário mobilização popular, com denúncias e críticas que pressionem as organizações de luta dos trabalhadores e os movimentos sociais a enfrentar essa política negligente e assassina do Governo Bolsonaro. A produção e distribuição de vacinas é direito da população e deve ser feita em toda rede pública de Saúde do país. É preciso defender o Sistema Único de Saúde, SUS, para que a população tenha acesso à vacinas e cuidados médicos de qualidade.


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