• Entrar
logo

Comissão de Relações Exteriores aprova Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos

A indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos já com aval da Comissão de Relações Exteriores (CRE), passa agora por análise, discussão e votação no Senado, para a aprovação. Afirmando saber “fritar hambúrguer”, o filho do presidente foi indicado ao cargo pelo pai, mesmo sem nenhuma formação técnica ou experiência diplomática que lhe credencie ao posto, em mais uma demonstração de nepotismo da família Bolsonaro.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a aprovação do deputado Eduardo Bolsonaro não enfrentará nenhuma dificuldade, já que o governo tem conseguido maioria nas votações, demonstrando a total subserviência do Poder Legislativo aos mandos e desmandos do Poder Executivo, por mais absurdos que o
sejam, como essa indicação.

Porém, mesmo na imprensa burguesa,  estão sendo veiculadas  informações  diferentes. Pelas últimas notícias, o clima dentro do Senado ainda está bem hostil para Eduardo Bolsonaro. O próprio líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou na semana passada que a bancada do partido na Casa, com 12 senadores, não vai participar de acordo para aprovar a indicação de Eduardo. O senador Humberto Costa (PE), líder do PT afirma que, “a possibilidade do filho do presidente Jair Bolsonaro, sem qualquer qualificação, ser indicado para um dos cargos mais importantes da diplomacia, teria que de fato ser rejeitada pelo Senado”. Para ele, “pouco interessa se a indicação de um filho do presidente da República para o posto é legal, já que a considera imoral, antiética e inaceitável”.

O Palácio do Planalto está trabalhando intensamente para reverter esse cenário negativo. O clima, segundo alguns Senadores, é de “constrangimento”, uma vez que é literalmente absurdo que presidente faça a indicação de seu filho para ocupar a principal embaixada brasileira no exterior. Aparentemente, Bolsonaro não irá recuar, principalmente depois de receber uma carta escrita de próprio punho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiando a indicação. Formalmente, Washington concedeu a autorização - agrément, na linguagem diplomática - após consulta enviada pelo Itamaraty no final de julho ao Departamento de Estado americano.

É necessário a mobilização da oposição em âmbito institucional e, principalmente, através da classe trabalhadora, nas ruas, contra a indicação desse candidato tão absurdamente desqualificado para o cargo. Até porque, seguindo a linha do pai, Eduardo Bolsonaro como embaixador brasileiro nos Estados Unidos nada mais fará do que aprofundar os laços de neocolonialismo aos quais está submetido o Brasil ao imperialismo estadunidense, que faz do nosso país um mero quintal para ser explorado. Não podemos permitir que a família Bolsonaro, com suas políticas entreguistas e lesa-pátria, terminem de acabar com a soberania nacional brasileira


Topo