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Família Bolsonaro emprega familiares há 28 anos

Um levantamento feito pelo jornal O Globo ao longo de três meses, mostra que desde seu ingresso na política em 1991, o então deputado e atual presidente da República, Jair Bolsonaro e seus filhos que ocupam cargos na política (Carlos, Eduardo e Flávio) vêm praticando nepotismo. O levantamento identificou 286 pessoas nomeadas nos gabinetes desde 1991, sendo 102 funcionários com parentesco ou relação familiar com a família Bolsonaro. O número corresponde a 35% das nomeações.  13% dos identificados têm indícios de não trabalharem nos cargos aos quais foram indicados, declarando outros vínculos empregatícios ou residência em cidades distintas dos gabinetes parlamentares.

Após a notícia, o presidente entreguista defendeu a indicação de parentes e criticou o Superior Tribunal Federal (STF), que proibiu o nepotismo na administração pública: "Já botei parentes no meu gabinete no passado, antes que nepotismo fosse crime", afirmou.

A prática do nepotismo parece ser comum entre os membros da família Bolsonaro e, com a chegada do “patriarca” à presidência, ela se aprimorou. Recentemente, assistimos à indicação de Eduardo Bolsonaro para o cargo de Embaixador nos EUA pelo próprio pai, o que gerou um grande debate sobre a prática do nepotismo no governo. O atual deputado federal falou em entrevista que é adequado para ocupar o cargo por “ter feito intercâmbio e fritado hambúrgueres” nos EUA.  O fato real é que a indicação de Eduardo está nos planos de entreguismo do atual governo, apoiado por seu partido e elogiado por Donald Trump, pois ela facilitaria ainda mais a comunicação entre os interesses imperialistas e seus capachos brasileiros, intensificando o processo de entrega dos recursos e estatais brasileiras nas mãos do imperialismo norte americano.

Outro caso de relação espúria da família Bolsonaro com o poder é o de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, indiciado por movimentar cerca de R$1,2 milhões de sua conta, entre saques e depósitos, durante o período em que estava no gabinete. Após ser denunciado pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), o ministério público abriu uma investigação para apurar o caso, porém Queiroz nunca depôs sobre o fato. Raimunda Veras Magalhães, uma das citadas no processo por ser responsável por parte dos depósitos na conta de Queiroz, e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, são o elo de ligação entre Flávio e o grupo miliciano Escritório do Crime, responsáveis pelo assassinato da deputada Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. As duas são, respectivamente, mãe e mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como gordinho e que de acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, é uma das lideranças da facção criminosa.

Jair Bolsonaro e seus filhos deixam evidente seu pacto com a “velha política” e cumprem a promessa de campanha de fazer o Brasil retroceder aos velhos tempos. Dia após dia, esse governo ataca as instituições democráticas, ameaça a transparência nas funções públicas, impõe censura e destrói os frágeis princípios do pacto social firmado após a Constituição de 1988.  As ideias retrógradas e a subserviência aos interesses imperialistas são as bússolas que guiam o atual governante e sua família de imbecis. A retirada dos direitos trabalhistas e os ataques aos movimentos sociais são as consequências alarmantes da política desse clã.


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