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Escalada do conflito entre Estados Unidos e Irã

No último dia 17 de junho, o presidente do Irã, Hassan Rohani, anunciou que o País tem intenção de produzir urânio enriquecido a um grau acima do limite de 3,67%. Este limite foi homologado no acordo nuclear, de 2015, entre os Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia, China e Irã. Tal acordo permitia que o Irã prosseguisse com pesquisas nucleares para fins comerciais, médicos e industriais, sem que o País sofresse sanções internacionais, desde que não violasse os padrões internacionais de não proliferação de armas atômicas.

No dia 8 de maio de 2018, o presidente estadunidense, Donald Trump, sob a alegação que “o Irã é o principal Estado patrocinador do terrorismo”, anunciou a saída dos Estados Unidos deste acordo. A época, Hassan Rohani afirmou que não fazia “nada de errado” e era “inaceitável que os EUA se retirem”. Desde então, os Estados Unidos passaram a tomar medidas que sufocam economicamente o Irã, que, em consequência, se sente no direito legítimo de revidar as medidas dos EUA, que já havia rompido o acordo.

A situação de tensão se deteriorou ainda mais quando, no último dia 20 de junho, o Irã derrubou um drone estadunidense que sobrevoava seu litoral. Trump, imediatamente, ordenou um ataque à alvos em terra ao Irã, recuando na iniciativa apenas 10 minutos antes do horário previsto para começar o ataque. Em lugar disso, lançaram um ataque cibernético, que derrubou computadores de uso militar iranianos, e aumentaram ainda mais a pressão econômica.

Porém, ainda há eminência da deflagração de um conflito militar. O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, principal aliado dos EUA no Oriente Médio, em entrevista veiculada pelo portal de notícias G1, afirmou que “devemos estar preparados para uma conflagração militar, e então o Estado de Israel continuará a se dedicar a reforçar sua força militar para a possibilidade de que terá que responder a cenários de escalada”. Na mesma matéria, um deputado iraniano de nome não veiculado, chegou a afirmar que “Israel seria destruído em apenas meia hora” se os EUA atacassem o Irã.

O Irã era aliado dos Estados Unidos até 1979, quando o aiatolá Ruhollah Mūsavi Khomeini derrubou a monarquia de Mohammad Reza Pahlavi, que controlava o país e era completamente subserviente aos interesses imperialistas estadunidenses. Desde então, são constantes os conflitos entre os dois países.

Donald Trump que, em 2018, saiu do acordo com o Irã sem justificativa plausível, ameaça cada vez mais um confronto armado com o Irã. A intenção, claramente, é tomar para si as áreas de extração de petróleo do País, um dos maiores produtores do mundo. O problema é que o país do Oriente Médio tem força suficiente para responder, em termos militares, inclusive nuclear, a ameaça imperialista. Não é a primeira vez que o capital promove uma guerra para destruir a produção e, com isso, conseguir esvair a superprodução que ciclicamente é criada pelo sistema. E, como sempre, aos trabalhadores uma guerra com esses interesses não significaria nada além de morte e ainda mais exploração.

 


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