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Por um 1º de maio de luta

Diante da profunda crise capitalista, o Brasil, tido como colônia dos Estados Unidos, está sofrendo duros ataques. A ordem é acabar com todos os mínimos direitos da população trabalhadora, destruir as empresas e indústria nacional, privatizar as estatais e, por fim, acabar com a soberania nacional. Tudo isso para aumentar a taxa de lucro do imperialismo, principalmente o estadunidense. Os planos golpistas, iniciados com a retirada da presidenta eleita, Dilma Rousseff, e a posse de Michel Temer, culminaram com a eleição de Jair Bolsonaro. Desde então, uma série de ataques foi implementada. Para citar alguns temos: PEC 95 (que congelou os investimentos públicos por pelo menos 20 anos); lei da terceirização irrestrita; Reforma Trabalhista; desmonte do SUS e da educação pública; tentativa de acabar com os sindicatos; privatizações e planos de entrega de importantes estatais; entrega das riquezas naturais para o imperialismo, e, a cereja do bolo: a tentativa de se impor a reforma da Previdência.

Vivemos em um Estado de exceção cada vez mais explícito. Em 2018, o Brasil enfrentou sua primeira intervenção militar, no Rio de Janeiro, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988. Também não se via tantos militares em postos do governo, desde a Ditadura Militar, quanto agora, no governo Bolsonaro . A esquerda está passando por uma verdadeira “caça às bruxas”. A direita não quer nenhum rastro de governos progressistas, por mais “moderados” que possam ser e independente dos acordos firmados anteriormente. Neste sentido, o ex-presidente Lula, a maior liderança da esquerda do Brasil, foi trancafiado sem que qualquer crime fosse comprovado, tornando-se o preso político mais importante do País. Temos ainda o caso da vereadora do PSOL, Marielle Franco, que foi executada no Rio de Janeiro, após assumir a tarefa de “vigiar” a ação dos militares nos morros e favelas durante a Intervenção.

Diante desse cenário tenebroso e do acirramento da luta de classes, o ato do 1º de maio deste ano tem uma tarefa fundamental. É preciso resgatar o espírito de luta representado por essa data histórica, colocar os trabalhadores nas ruas e organizar o enfrentamento.

Nenhuma outra medida que não seja a ação direta das massas conseguirá barrar o golpe e a investida da direita contra todos os direitos da classe trabalhadora e contra a soberania nacional. Esse deve ser um “Dia internacional do Trabalhador” bem diferente dos últimos anos – deve transformar-se em um evento de denúncia nacional e mundial contra os ataques aos direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora e contra a prisão de Lula.

Não há mais espaço para a tradicional distribuição de “prêmios e shows pirotécnicos”, que escondiam o verdadeiro espírito de luta que deveria ser o 1º de Maio. O ataque aplicado pelo governo de Jair Bolsonaro contra os trabalhadores, por meio da consolidação da Reforma Trabalhista, que acabou com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e destruiu diversos direitos da classe trabalhadora, além da ameaça cada vez mais real de implantação da Reforma da Previdência, coloca na ordem do dia a necessidade da unificação dos trabalhadores para uma luta real e nas ruas.

Nós, da Luta Pelo Socialismo (LPS), entendemos que a manifestação do 1º de Maio deve ser um momento de reflexão para lembrarmo-nos dos trabalhadores que morreram lutando por melhores condições de vida para a classe operária. Esse é um momento para aglutinar forças em torno de um programa mínimo que consiga reagrupar toda a militância para enfrentar os ataques que virão, na medida em que a crise capitalista se aprofunda. Não há mais tempo para a conciliação de classes. Está mais do que provado que tal política não atende aos anseios da classe trabalhadora e tem um prazo muito bem limitado: a próxima crise cíclica do capitalismo. A única saída para os trabalhadores é a sua unidade na luta contra a burguesia que explora e escraviza todos os dias.

Pela revogação de todas as medidas antitrabalhistas e contra a Reforma da Previdência!
Não à privatização das estatais!
Reestatização da Vale e de todas as estatais privatizadas!
Imediata punição dos donos da Vale pelos brutais assassinatos de trabalhadores ocorridos em Brumadinho!
Não à terceirização e precarização das relações de trabalho!
Que a crise seja paga pelos capitalistas!

Greve Geral contra todos os ataques!
Viva a classe trabalhadora e o socialismo!


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