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SERPRO e DATAPREV na mira das privatizações

O setor da Tecnologia da Informação (TI) está no radar das privatizações. De acordo com o secretário especial de desestatização e desinvestimento (pasta responsável por tocar a agenda de privatizações no governo Bolsonaro), Salim Mattar, as empresas SERPRO e DATAPREV serão "privatizadas, vendidas ou fechadas". Tais estatais, juntamente com o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) e a Casa da Moeda, estão inseridas na pasta da Economia, do “superministro” Paulo Guedes, logo, terão seu processo de privatização facilitado.

Tanto SERPRO quanto DATAPREV já tiveram seus novos presidentes nomeados pelo governo e, não por acaso, ambos possuem um perfil de carreira na iniciativa privada. No caso do novo presidente do SERPRO, Caio Mario Paes de Andrade, trata-se de um empresário com investimentos no setor de tecnologia. Já na DATAPREV, quem assumiu foi a ex-CIO da Telefônica Brasil, Christiane Almeida Edington. A indicação de Edington, que passou pelo conselho de diferentes empresas privadas, também reabriu o debate sobre a fusão entre DATAPREV e SERPRO, uma vez que ela participou ativamente do processo de fusão da Telefônica com a Telemig Celular.

Apesar de ainda não haver uma resolução documentada, o fato é que a privatização do SERPRO e DATAPREV já vem sendo discutida, desde o governo Temer, com o chamado “plano CIO”. Naquela época, havia um debate sobre a criação de uma grande estatal da área de TI e a posterior venda do controle da companhia. Para viabilizar esse plano havia a necessidade de fusão entre as estatais, pois, isoladamente, tanto uma quanto a outra era vista como operação pouco atrativa para a iniciativa privada. A medida viria acompanhada de um enxugamento de quadros das empresas, que fariam a gestão de contratos com a iniciativa privada. O “plano CIO” acabou sendo engavetado durante o governo Temer, o que não significa que as tentativas de privatizações destas empresas tenham sido “deixadas para trás”.

Os trabalhadores devem ficar com a “pulga atrás da orelha” e se manterem alertas, afinal de contas, toda privatização vem sempre acompanhada de “enxugamento” de quadros, ou seja, demissão. A privatização ameaça nossos empregos e coloca em risco nossa subsistência e das nossas famílias, tudo isso para garantir os lucros dos grandes empresários.

Você pode conferir a matéria na íntegra no site do SINDADOS, clicando aqui.


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