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Irreversível putrefação do sistema capitalista

Em 2008, quando estourou a bolha imobiliária nos Estados Unidos, o mundo capitalista foi à bancarrota. Hoje, mais de uma década depois, a economia mundial não apresenta sinais de recuperação. No centro do império, Estados Unidos, a dívida pública está a poucos dias de alcançar US$ 22 trilhões, segundo dados do próprio tesouro nacional estadunidense.

Em tempos de crise econômica, na história do capitalismo, o endurecimento do regime político é a tônica. Na prática, nos últimos dez anos, isso foi representado pela reascensão do fascismo, morte de governos de conciliação de classes e ataques irrestritos à classe trabalhadora. O fato é que, pela sua natureza cíclica, a economia capitalista é insustentável no longo prazo.

Porém, os “gênios” teóricos do capitalismo estão surpresos com as novas previsões para a economia global, publicada em janeiro pelo Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial. Enquanto o FMI revisou sua previsão de crescimento de 3,7% para 3,5%, neste ano, e de 3,7% para 3,6%, em 2020, o Banco Mundial afirmou que sua projeção caiu de 3,0% para 2,9%.

Embora a percentagem seja mínima, em âmbito mundial, isso significa uma redução de trilhões de dólares nos bolsos dos imperialistas. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em coletiva à imprensa em Davos, afirmou que apesar de os dados não significarem “que há uma recessão global dobrando a esquina”, é inegável que “o risco de um declínio mais acentuado no crescimento global certamente aumentou”.

Fica claro que mesmo com todo o aprofundamento de regimes de exceção, os ataques aos direitos trabalhistas, em âmbito global, e o aumento do neocolonialismo, que significa exploração econômica do terceiro mundo, o fôlego que ganhou o centro do império, que garantiu uma taxa de crescimento mínimo em 2017 e 2018, já se esvaiu. Isso porque o capitalismo, há muito tempo, é um regime político-econômico em putrefação. Baseado na exploração do homem pelo homem, de país em país, não há conta que acabe no “zero a zero”. Alguém sempre sairá perdendo. O objetivo é o lucro, não a melhoria das condições de vida. O mundo, após as sucessivas revoluções tecnológicas, tem plena condição de ser autossustentável, com igualdade entre as pessoas e as nações. Porém, enquanto vivermos num regime em que uma casta de parasitas suga o resto da humanidade, viveremos pulando de crise econômica em crise econômica, sem nunca obter igualdade.


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