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Bolsonaro e o grande latifúndio: luz verde para o desmatamento

As atrocidades propagadas por Jair Bolsonaro não param. Agora voltando os olhos para a Amazônia, considerada o “pulmão do mundo”, Bolsonaro afirmou em uma coletiva de imprensa que a Amazônia deve ser explorada. "Aquilo é vital para o mundo”, disse. "A Amazônia não é nossa e é com muita tristeza que eu digo isso, mas é uma realidade, e temos como explorar em parcerias essa região”.

Bolsonaro ainda fala em unir dois ministérios: da Agricultura e o do Meio ambiente. Com isso, daria de mão beijada para os lobistas do agronegócio os meios para que aprovem o desmatamento irrefreável da área amazônica. Não é estranho que o nome cotado para assumir essa fusão de ministérios seja o de Luiz Antônio Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista), amigo pessoal de Bolsonaro e consultor político dele sobre o assunto. Nabhan concorda que o Brasil saia do Acordo de Paris, seguindo os passos dos Estados Unidos, que deixou o acordo em 2017. O acordo que foi assinado por 195 países, prevê medidas para minimizar os impactos do aquecimento global, o qual Nabhan considera uma mentira: “Tem muita fantasia, muita lenda onde no Brasil, quem desmata é o produtor rural. É exatamente o contrário. Esse produtor rural é o maior conservador do meio ambiente”. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000 a 2010, 236.600 km² de áreas desflorestadas, quase o tamanho do Estado de São Paulo, ocorreu para a implantação de lavouras. Isso representa 65% do total do desmate no período. Já a expansão das áreas de pastagens responde pelos outros 35% do desflorestamento. A atividade ocupou, no período correspondente à pesquisa, 127.200 km² de áreas da Amazônia ou da Mata Atlântica.

Nabhan é dono de propriedades agrícolas no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. Latifundiário e Pecuarista, é contrário ao desmatamento zero. De acordo com ele, o acordo de Paris não deve passar por cima da soberania do país, e as regiões de floresta amazônica deveriam sim serem desmatadas. O Latifundiário também é contrário à conversas com o MST, “Se o Bolsonaro sentar com eles, será a maior decepção de quem o elegeu”, afirmou em entrevista à Folha.

A pasta de Bolsonaro segue os passos do imperialismo, com a fusão dos ministérios e a entrega deles na mão de um ruralista serve apenas para aprofundar a destruição e entrega da Amazônia ao capital internacional. Os recursos naturais também encontram-se ameaçados pela gestão do candidato fascista. Os movimentos sociais devem se unir para proteger este que é um dos maiores patrimônios da humanidade contra o desmatamento e a destruição que está proposta.


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